- Me passa o sorriso.
- Quê?
- O sorriso. Tá nessa chícara aí do lado.
- Onde?
- Aí, perto da sua insegurança.
- Ah, sim. Toma aqui.
- E aí, como vão seus dedos?
- Na mesma. Passeando pelos meus cabelos esperando você me ligar.
- Jura que aquela tremedeira passou?
- Olha, parar, parar, não parou não. Mas tá bem mais tranquilo. Já a minha rua chora todo dia por não te ver passar.
- Deixa de bobagem. Eu fui tanto aí e ela nem deu a mínima!
- Mas é claro, Kiko. Garotas são assim. Não deixam transparecer nada que realmente as façam felizes.
- Beleza. Qualquer dia eu apareço.
- E suas certezas, como vão?
- Você sabe, certezas são certezas, sempre vacilantes. Esses dias uma delas até pensou em te procurar mas o orgulho, bobo como sempre, chegou pra lá de Bagdá em casa e quebrou o pau com ela.
- Você, Kiko, não tem jeito mesmo.
- Pois, é. Eu amo você.
- Tudo bem.
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