Era sua noite favorita. Bastava estar ao meu lado, fosse dançando loucamente Somebody Told Me, do The Killers, ou deitados no sofá assistindo um filme B no sábado à noite. Bastava estar tomando uma cerveja no copo de requeijão. Bastava estar conhecendo meus amigos mais inconvenientes. Era a sua noite favorita e disso você não abria mão. Quem lhe dissesse que tudo isso estava fora de contexto não vivia naquele planeta. Bastava um sorriso, um sorvete ou um café: era a sua noite favorita sempre que estava comigo.
Era a minha alergia predileta. Mesmo que eu precisasse aspirar trinta vezes minhas almofadas todos os dias. Ainda que eu não pudesse mostrar meus livros raros do Machado de Assis por que você passaria a noite espirrando letrinhas. Mesmo que camarão fosse banido do cardápio. Mesmo que sabonetes especiais custassem bem mais caro. Era a minha alergia preferida por que era sua e tudo que vem de você pra mim é lindo.
Era e acabou. Ou melhor, ainda é mas acabou. Tudo ainda vive aqui apesar dos pesares. Continuo deixando minha barba crescer e as noites ainda são como eram antes: preciosas e presentes como um abraço seu, distantes como seus braços agora estão de mim. Você provavelmente ainda é a mesma e espirra toda vez que encosta no travesseiro. Que saudade. Sem mais.
Era e acabou. Ou melhor, ainda é mas acabou. Tudo ainda vive aqui apesar dos pesares. Continuo deixando minha barba crescer e as noites ainda são como eram antes: preciosas e presentes como um abraço seu, distantes como seus braços agora estão de mim. Você provavelmente ainda é a mesma e espirra toda vez que encosta no travesseiro. Que saudade. Sem mais.
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