segunda-feira, 25 de julho de 2011

Amor e esquina



Estranho pensar que eu te perdi, que os planos que fizemos não deram em nada e sobrou-nos apenas um oi trôpego num encontro não menos trôpego. Você me pergunta como eu estou. Porra, eu estou parado na tua frente, perplexo, catatônico, sem ter o que dizer. Você insiste. Ah, eu tô bem, tô feliz, tô tão alegre que só não dou uma de cambalhota de costas por que não tem espaço. É só isso. E você que não sabe amar, não sabe perdoar, não sabe nem porquê cargas d’água ao invés de rato nasceu um ser humano, como vai?
Não entendo essas mulheres que querem, que sabem que querem, que se tivessem direito a um último desejo seria isso que pediriam e, ao virar a esquina, esbarra no homem que a fez sentir-se gente, sentir-se amada, idolatrada e salve-salve. Que a fez ter oito orgasmos numa noite, que deu a ela a impressão de que a vida pode ser mais interessante não com a pessoa mais linda, mas sim com a pessoa que deixe seu mundo mais lindo e só diz: oi, bom dia, como vai? Ok então, lá vai. Querida, eu sei que você hoje só cruzou o meu caminho pra foder com o meu dia, que você só cruzou a minha estrada pra foder com a minha vida, que só por que você é a retardada que me deu todo amor e eu vacilei, que você pode vir assim e arrombar a porta do meu cotidiano, quebrar a janela e entrar com tudo. Não. E se você quiser mesmo saber, minha vida sem você tem sido mais lamentável e monótona do que assistir Harry Potter dublado. Tá feliz com o que ouviu? Queria o quê, que eu dissesse que estava com uma outra garota, fazendo um monte de outros planos que não vão dar em nada? Não baby, não vou massagear meu ego só pra te fazer chorar. Não mesmo. Eu te amo muito pra te dar esse gostinho.

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