quarta-feira, 27 de julho de 2011

Foda. Foda. Foda.



Caralho, ela tá on line! E aí, eu falo com ela? Não. Puta que o pariu, o que é que eu faço? Peraí, quem sabe ela fala comigo. Putz, tá demorando. Vou colocar o link de uma música bacanuda aqui no face pra ver se ela me percebe. Foda. Foda. Foda. Velho, vê aí, curte aí, entenda aí que essa música é a história de nós dois. Que bosta, ela saiu.
Vou ligar pro telefone dela. Se bem que, ontem eu liguei umas cinquenta e quatro bilhões de vezes e ela não atendeu. Será que ela viu meu número e por isso colocou pra vibrar apenas no coração? Será que ela perdeu o celular? Será que pra ela já era tarde demais? Deixa quieto. Quer saber, ela que me ligue. Ou não.
Vou na casa dela. Acho que ela já chegou do colégio. O carro tá sem gasolina. Foda. Foda. Foda. E agora, mano? De bike eu não vou nem fudendo! Já sou feio pra caralho, andando de bicicleta então é bem bem capaz que a mãe dela corra de medo. Ou de vergonha, sei lá. Também acabei de lembrar que ela ia ao shopping depois da aula. Tô pensando em pegar um ônibus e dar uma passadinha lá como quem não quer nada. Não, acho que ela vai sacar. Foda-se. É pra ela sacar mesmo!
Porra, se ela tá no shopping, de onde ela tá acessando a internet? Será que ela foi na casa de uma amiga? Ou de um amigo? Ou do amigo que sempre quis comê-la e agora ela cedeu? Fudeu, brother. Literalmente. Será que ela poderia me virar do avesso com tanta facilidade, me tirar o sono e agora dar pr'aquele babaca? Não, não pode ser.
Meu celular tocou, é ela. Tá aqui na frente de casa pedindo pra abrir o portão. O ônibus que ela vinha quebrou. Foda. Foda. Foda. O que eu vou dizer pra ela dessa desconfiança toda? Não vou falar porra nenhuma.
-Amor, dá pra ver o facebook no seu Iphone?

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